Custodiadas no Museu da Polícia, no prédio em que funcionou o Dops, peças sacras apreendidas em terreiros passarão a ficar sob a guarda do Museu da República.
Objetos sagrados apreendidos durante a repressão estatal às religiões de matriz africana se encontram guardados na reserva técnica da Polícia Civil, nos fundos do estacionamento do antigo Museu da Polícia, onde funcinou o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) no Rio de Janeiro.
Velas, imagens de santos, garrafas com chás, espadas, anéis e animais empalhados são alguns exemplos do que foi recolhido como “evidência de crime”.
Pouco mais de 520 objetos compõem acervo que passará a ficar sob a guarda do Museu da República, quase 130 anos depois do início das apreensões.
Objetos apreendidos são fruto de ações violentas que eram, segundo historiadora, batizadas de "blitzkrieg contra a macumba".
Durante muitos anos, as peças apreendidas nos terreiros foram estudadas como exemplos do início do trabalho pericial na Escola de Polícia, criada em 1912.
Objetos foram tombados em 1938, tornando-se o primeiro registro de tombamento do livro do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional — atual Iphan.
Em 1942, peças foram reunidas na Seção de Tóxicos, Entorpecentes e Mistificações da Polícia Civil; documentos oficiais do estado passaram a se referir ao conjunto como Museu de Magia Negra.
Campanha intitulada Liberte o Nosso Sagrado, formada por lideranças religiosas, políticos e integrantes de movimentos sociais, pedem há anos pela retirada dos objetos das instalações da polícia.
A maioria das peças possui quase 100 anos e foram feitas a partir de materiais orgânicos; risco de deterioração pelo modo como estavam armazenadas preocupavam líderes religiosos.
Objetos de religiões afro-brasileiras apreendidos no antigo Museu da Polícia.
Objetos de religiões afro-brasileiras apreendidos no antigo Museu da Polícia.
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Fotos: Leo Martins / Agência O Globo
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